Para que tenhamos uma vida tranquila, saudável e próspera, precisamos de equilíbrio!
Qual a definição de equilíbrio?
De um modo geral, equilíbrio significa “prudência, moderação, comedimento, domínio de si ou de uma situação, harmonia, estabilidade, solidez ou ainda pode ser o estado daquilo que se distribui de maneira proporcional”.Se perdemos o equilíbrio, perdemos a capacidade de fazermos tudo como deve ser feito e fazemos como “como dá” para fazer! E o resultado, na maioria das vezes, não é o melhor, nem é o mais correto!
E o nosso Meio-Ambiente também precisa estar em equilíbrio para que exista qualidade de vida para todos no planeta Terra.
“O artigo 225, da Constituição Federal do Brasil, estipula que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Nota-se que o dispositivo em foco é categórico ao afirmar que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida, ou seja, à própria saúde “[12].
Alguns fatores responsáveis pelo desequilíbrio ambiental
• O intenso e descontrolado avanço urbano: tudo se tornou válido e aceitável em nome do progresso, do poder do dinheiro, do bem-estar da sociedade e de uma vida mais confortável;
• A utilização desenfreada dos recursos naturais de forma predatória, está causando graves danos ao meio ambiente e refletindo negativamente na própria condição de vida e de saúde do homem.
• A Destruição dos Biomas:
• A falta de educação ambiental;
• A falta de políticas públicas de prevenção, conservação e proteção;
• Etc
O Desequilíbrio ambiental e as consequências para a nossa saúde:
Alguns exemplos:
Surgimento de doenças zoonóticas, aquelas transferidas de animais para humanos, como a pandemia do Coronavírus e tantas outras doenças que já existem há muito tempo entre nós, tais como: febre maculosa, leishmanionse, dengue, zyka, chikungunya etc.
As doenças mentais também estão surgindo como consequência indireta do desequilíbrio ambiental, ou seja, com o surgimento de pandemias que exigem comportamentos e ações tais como o confinamento e o distanciamento social, estão provocando um aumento da ansiedade e do estresse, devido a falta de contato entre as pessoas e a natureza, propiciando um contexto favorável ao surgimento de transtornos.
Doenças como leptospirose e a diarréia e problemas climáticos( alagamentos,inundações, entre tantos outros) estão diretamente relacionadas com o aumento de resíduos, a falta de saneamento básico e o descarte inadequado do lixo (resíduos sólidos jogados em vias públicas e em cursos d’água (canais, córregos, rios) e tudo isso afeta a saúde do nosso meio-ambiente, provocando o seu desiquilíbrio.
Estudos indicam que uma maior incidência de câncer, de distúrbios neurocomportamentais, de depressão e de perda de memória estão diretamente relacionados com o aumento do uso de substâncias tóxicas, que afetam diretamente o equilíbrio do Meio-Ambiente encontradas no ar, na água, nos alimentos e nos produtos utilizados rotineiramente por todas as pessoas.
Existem, ainda, as doenças resultantes da poluição atmosférica. Há vários estudos que apontam a elevação da pressão arterial e variação da frequência cardíaca nos dias de maior poluição atmosférica em pessoas não fumantes e sem doenças prévias. Além disso, muitas pessoas apresentam condições típicas de fumantes, como redução da capacidade pulmonar e inflamação frequente dos brônquios.
O vibrião da cólera é um outro exemplo de doença que é causada por fatores que estão intimamente ligados com o desequilíbrio do meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença, ou seja, 0 contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A água infectada, além de disseminar a doença ao ser ingerida, pode também contaminar peixes, mariscos, camarões etc
E como podemos definir a saúde ambiental?
“Saúde ambiental são todos aqueles aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que estão determinados por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. Também se refere à teoria e prática de valorar, corrigir, controlar e evitar aqueles fatores do meio ambiente que, potencialmente, possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras” (OMS, 1993).
O que fazer?
• Como reparar o desaparecimento de uma espécie ?
• Como recuperar uma área imensa que virou pasto?
• Como trazer de volta uma floresta centenária que está desaparecendo devido ao corte ilegal de árvores e a ganância do homem?
• Como purificar um lençol freático contaminado por agrotóxicos?
• Como fazer que homem e natureza possam viver de maneira harmônica sem a necessidade de perdas tão devastadoras?
Há várias legislações, que buscam a proteção e conservação do Meio-Ambiente no Brasil e que são muito importantes, visto que, buscam propor regras, restrições, limitações às diversas ações de degradação do Meio-ambiente, no entanto, juntamente com as leis, precisamos de conscientização/educação ambiental para que atitudes saudáveis e sustentáveis cresçam em detrimento de ações de depredação e desrespeito ao Meio-Ambiente.
O Poder Público tem o dever de aplicar os “princípios da prevenção e precaução”, por meio do controle da produção, comercialização e do emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a qualidade de vida e para o meio ambiente (artigo 225, parágrafo primeiro, inciso V, da Constituição Federal).
É preciso aprimorar, realizar e aplicar ações e regras mais rígidas e eficazes para o combate à destruição da natureza em sua plenitude:
• Aplicar o poder de polícia,
• Realizar o zoneamento ambiental,
• Criar e fiscalizar as normas legais e os padrões ambientais,
• Aplicação de penalidades mais rígidas,
• O licenciamento ambiental deve ser sempre uma regra para quaisquer ações que afetem a saúde do nosso Meio- Ambiente,
• Há a necessidade de planejamento e o estudo prévio d0 impacto ambiental que poderá causar determinada ação;
• Desenvolver regras para o controle da poluição e para o reflorestamento de áreas desmatadas,
Saneamento básico como regra e não exceção,
• Controle do uso do solo nos meios urbanos e rurais;
• O planejamento do crescimento da cidades;
• E várias outras providências e ações que sempre visem à conservação, preservação e proteção do nosso Meio-Ambiente.
Como podemos fazer?
É preciso, antes de tudo, querer resolver ! Enfrentar o problema do desequilíbrio ambiental com urgência , adotando medidas eficazes para o combate a atividades que apenas depredam o nosso meio-ambiente e para a adoção de práticas sustentáveis,
Investir em Educação Ambiental a fim de incentivar comportamentos e hábitos mais sustentáveis em toda a população;
Desenvolver políticas governamentais, empresariais e do Terceiro Setor voltadas à conservação, preservação e proteção e que são fundamentais para salvar a rica biodiversidade dos biomas.
Agir de acordo com princípios da prevenção e da precaução é de suma importância, pois eles restringem e até mesmo proíbem o estabelecimento de um empreendimento que potencialmente ofereça riscos à natureza e à saúde da população.
E toda a população, também, pode por intermédio da mudanças de hábitos e comportamentos contribuir para que tenhamos um Meio -Ambiente equilibrado e uma vida mais saudável:
Comprar menos e com maior qualidade para que as peças durem mais;
Customizar e reciclar mais ( tudo que for viável);
Doar roupas, objetos, móveis, imóveis, fazer a economia girar sem novas aquisições;
Não jogar lixo em lugares inadequados. Lixo não pode ser jogado no chão, calçadas, praias, natureza, bueiros, nos transportes públicos etc;
Reaproveitar a água da chuva;
Evitar desperdício de água: banhos longos, programar as lavagens de todas as roupas para um único dia, não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes ou toma banho;
Respeitar o Meio-Ambiente em sua totalidade; fauna e flora;
O que podemos concluir?
• Que a relação saúde e meio ambiente é indissociável, ou seja, as questões ambientais são parte integrante da saúde humana e da saúde ambiental;
• Homem e meio -ambiente estão em constante interação;
• Quando falamos sobre desequilíbrio ambiental e saúde humana não há como minimizar fatos e ações;
• São várias as doenças causadas por danos ambientais cujas seqüelas se tornam irreversíveis para o homem;
• Não podemos” indenizar” a tragédia, a dor, as perdas irreparáveis causadas pelas doenças, que surgem por conta do descaso do homem e consequentemente pela degradação da natureza.
• É preciso agir! Empregar de forma efetiva os princípios da prevenção da precaução, da preservação, reparação e sustentabilidade;
• Preservar e conservar o meio ambiente é a garantia de sobrevivência da própria espécie humana;
• A natureza não pode se adequar às leis criadas pelo homem, muito pelo contrário, as leis devem se adequar às necessidades de prevenção, proteção e conservação da natureza;
• É praticamente impossível a reparação integral nos casos de degradação ambiental, visto que na maioria das vezes a região afetada jamais voltará a ser como era antes do dano causado e as sequelas e perdas causadas por doenças que surgem dos danos ambientais, também são irreversíveis.
“Seja a diferença que deseja ver no mundo” ( Gandhi)